segunda-feira, 9 de julho de 2012

Dicas culturais

Filme

"Besouro"- produção nacional do diretor João Daniel Tikhomiff
um longa que conta a vida do capoeirista Manoel Henrique Porteira, o filme trata sobre o preconceito.

Sinopse
http://temtudobr.blogspot.com.br/2009/11/besouro-o-filme-trailer-e-sinopse.html


Vale a pena ler a respeito de Abdias Nascimento, pintor, poeta e dramaturgo é um dos maiores nomes da cultura negra do Brasil.
Ele defendeu os direitos humanos e civis da população negra do Brasil e do mundo.
Mais a respeito de suas horas e vida no site http://www.abdias.com.br/index.htm

DIVERSIDADE!





Contudo acreditamos que o mais importante é que as pessoas sejam capazes de perceber que a diversidade faz parte e está presente no meio em que vivemos, não somos iguais, não pensamos iguais e nem por isso nossas diferenças nos fazem melhor ou pior que alguém. A questão não é aceitar ou não a diferença do outro, mas sim RESPEITAR. 
Devemos como educadores enfatizar a importância da valorização das diferenças expressas em cada cultura  e trabalhar a partir delas, de maneira que cada educando se sinta representado e orgulhoso da origem da sua historia e da cultura do meio em que está inserido.



segunda-feira, 25 de junho de 2012

Inclusão da Cultura Africana no currículo escolar

Em um dos debates que participamos, estavam reunidos alguns integrantes dos quilombos a qual acompanhamos, e a questão em discussão era como as escolas estavam trabalhando a cultura negra na escola dos seus municípios, e o que foi relatado é que as escolas ainda não trabalham essa questão de maneira que contribua significativamente para o conhecimento dos alunos.
Desde que foi aprovada a lei 10.639  as escolas passaram a incluir o ensino da cultura africana no currículo escolar, devendo trabalhar a luta do povo negro no país englobando a historia afro- brasileira nas áreas social, econômica e politica. Porém o que realmente é preciso dar enfase no estudo sobre a cultura africana é a valorização e o respeito desconstruindo concepções preconceituosas em relação a esta cultura.



Sugestões para trabalhar cultura africana em sala de aula

EDUCAÇÃO INFANTIL

Podemos trabalhar brincadeiras, jogos e canções de origem africana. E principalmente exibir filmes, teatros e brincadeiras que trabalhem conceitos étnicos e raciais.

ANOS INICIAIS

Trabalhar a História fazendo com que os alunos pesquisem sobre a cultura e diversidade para que possam relacionar quais elementos da nossa cultura tem influencia africana, trazendo assim debates para a sala de aula a este respeito.

EJA

Trabalhar a partir dos direitos humanos e de igualdade (reportagens de jornais e revistas, estatísticas), discutindo a ideia de como o negro é visto na nossa sociedade, as causas disto, e que medidas podem ser tomadas para reverter a questão da desigualdade.

Os educadores devem trabalhar além da escravidão, buscando novos conhecimentos que façam com que os alunos negros ou não compreendam que os afro- brasileiros possuem uma rica historia cultural que faz parte da historia da humanidade.

Participamos da RIO+20 e dividimos aqui um do que aprendemos neste importantíssimo evento


     Cúpula dos povos

 Reunidos no Rio de Janeiro, milhares entre afrodescendentes, indígenas e demais grupos sociais, cada qual com suas finalidades e reivindicações. A viagem foi longa e cansativa, mas valeu cada segundo dentro do ônibus, pois ali estavam pessoas de diferentes municípios do estado do Rio grande do Sul. Representantes do Quilombo Silva, Quilombo Fidélix, Quilombo do Morro Alto e Quilombo do Areal.
Sabendo que o foco de todo esse deslocamento é a sustentabilidade, fomos até a tenda dos catadores de papel onde conhecemos o projeto Aruanda presidido por um argentino. Ele nos explicou a origem do nome do projeto: “Os Orixás são amigos da natureza, no tempo em que eles viviam na terra nunca cortavam as árvores e sim aproveitavam os galhos que caiam no chão, cortavam apenas em último caso, mas para cada árvore cortada se plantava o número de árvores igual ao número de dedos dos pés e das mãos”.
Essa mentalidade cairia como luva para nossos governantes e para a população.

                            



Questões sociais

A cúpula dos povos foi criada para que questões sociais e ambientais fossem discutidas na conferência Rio + 20, teve início no dia 13 de junho e término no dia 23 do mesmo mês. Durante esse período as pessoas foram recebidas no Aterro do flamengo, localizado na cidade do Rio de Janeiro.
A Rio + 20 tem por objetivo a renovação do compromisso político com o desenvolvimento sustentável, tratando também dos principais assuntos reivindicados pelas principais cúpulas, abordando temas novos e soluções em curto prazo. Abrindo portas para que sejam avaliados os desafios que certamente futuras gerações enfrentarão, como a discriminação e suas próprias necessidades.
A cúpula dos povos faz parte de um processo de acúmulos históricos e convergências das lutas locais, regionais e globais, que tem como marco político a luta anticapitalista, classista, antirracista, antipatriarcal e antihomofóbico.
O objetivo da cúpula é aproveitar o evento da Rio + 20 para torná-lo uma oportunidade de discutir os graves problemas enfrentados pela humanidade, demostrando a força política dos povos organizados paralelamente ao evento.

                                               
                               



Preconceito racial

Não tem como falar de cultura Africana sem tocar na questão do racismo. É um problema antigo que tem grande influência nas relações injustas de trabalho e nas evidentes desigualdades sociais. Nos últimos séculos o crescimento econômico em parte se deu pela exploração da mão de obra escrava em atividades produtivas.
O racismo ainda existe, contanto de forma mascarada, pois a realidade social e econômica de diversos países vem da influência desta questão histórica de desigualdade: a pobreza, baixa renda econômica e a dificuldade de acesso a certos serviços.
Por isso ocorrem diversas manifestações, tais como esta que participamos que lutam contra a discriminação racial, a xenofobia e luta a favor dos direitos.
“Enquanto o negro brasileiro não tiver acesso ao conhecimento de si próprio a escravidão cultural se manterá.” Portanto é preciso que os afrodescentes conheçam e tenham orgulho da sua história, buscando assim direitos iguais dentro da sociedade em que estão inseridos.

                                    


Moradia, culinária e religião

                                                             MORADIA

As classes menos favorecidas africanas, habitam no que é chamado de Macumbo, uma espécie de cabana construída artesanalmente com folhas, palha de coqueiro, palha de cana,latas velhas, madeiras, cipó ou prego.




Ter uma moradia


Barracos cobertos com telhas de chapa ondulada, instáveis e tortos, “forrados” com jornais velhos ou embalagens. Quente e abafado no verão, úmido e frio no inverno. Nenhum canto protegido onde alguém possa se retirar porque está esgotado, idoso e doente, para estudar, para descansar, amar, dar à luz. Onze anos após o final da Apartheid na África do Sul, a maioria da população negra ainda sofre muito com a herança da separação de raças — também quando se trata de moradias. Aproximadamente dez milhões de pessoas vivem até hoje em condições indignas, em bairros pobres, na periferia das cintilantes metrópoles, no país do Cabo.


Vera Krause




                                                            CULINÁRIA AFRO- BRASILEIRA


                             





Outra grande contribuição da cultura africana no Brasil, é a feijoada, originada das senzalas, era feita das sobras de carne que os senhores não comiam, para os escravos restavam a orelha, pé e outras partes do porco que eles misturavam com o feijão e cozinhavam em um caldeirão.

Abará 

Bolinho de origem afro-brasileira feito com massa de feijão-fradinho temperada com pimenta, sal, cebola e azeite-de-dendê, algumas vezes com camarão seco, inteiro ou moído e misturado à massa, que é embrulhada em folha de bananeira e cozida em água;
 
Aberém 
Bolinho de origem afro-brasileira, feito de milho ou de arroz moído na pedra, macerado em água, salgado e cozido em folhas de bananeira secas;

Abrazô 
Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de farinha de milho ou de mandioca, apimentado, frito em azeite-de-dendê;

Acaçá
 Bolinho da culinária afro-brasileira, feito de milho macerado em água fria e depois moído, cozido e envolvido, ainda morno, em folhas verdes de bananeira. (Acompanha o vatapá ou caruru. Preparado com leite de coco e açúcar, é chamada acaçá de leite;

Ado Doce
 de origem afro-brasileira feito de milho torrado e moído, misturado com azeite-de-dendê e mel;
 
Aluá 
Bebida refrigerante feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana;

Quibebe 
Prato típico do Nordeste, de origem africana, feito de carne-de-sol ou com charque, refogado e cozido com abóbora. Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite-de-dendê e cheiro verde;

Acarajé
Bolo de feijão-macaça temperada e moída com camarão seco, sal e cebola,frito com azeite de dendê;

Mungunzá
Alimento preparado com milho em grão e servido doce(com leite de coco) ou salgado (com acompanhamento de carne -de-sol ou torresmo) com leite;

Vatapá
Papa de farinha de mandioca com azeite de dendê e pimenta, servida com peixe e crustáceos;


Quibebe
Tem a consistência de uma papa grossa e pode ser temperado com azeite de dendê e cheiro verde;

Bebida refrigerante 
feita de milho, de arroz ou de casca de abacaxi fermentados com açúcar ou rapadura, usada tradicionalmente como oferenda aos orixás nas festas populares de origem africana.




                                                              RELIGIÃO



As religiões africanas relacionam-se a ensinamentos, rituais e praticas que tentam compreender o divino. Os africanos acreditam na existência de um Deus supremo.
Principais religiões afro-brasileiras são o candomblé e a umbanda

Candomblé:
Chegou ao Brasil entre os séculos XVI e XIX com o tráfico de escravos negros da África Ocidental; Cultua os orixás, deuses das nações africanas; Sofreu grande repressão dos colonizadores portugueses; Para sobreviver às perseguições, os adeptos passaram a associar os orixás aos santos católicos ex: Iemanjá é associada a Nossa Senhora da Conceição; Iansã, a Santa Bárbara, etc. As cerimônias ocorrem em templos chamados territórios, sua preparação é fechada e envolve muitas vezes o sacrifício de pequenos animais.

Umbanda
 Mistura de crenças e rituais africanos e europeus; Considera o universo povoado de entidades espirituais os guias, que entram em contato com os        homens por intermédio de um iniciado (o médium), que os incorpora; Tais guias se apresentam por meio de figuras como o caboclo, o preto-velho e a pomba-gira;  Acredita na possibilidade de contato entre vivos e mortos e na evolução espiritual após sucessivas vidas na Terra.

domingo, 24 de junho de 2012

Um pouco da cultura africana


A África é um enorme continente, constituído por 53 países com enorme diferenças entre si devido a questões históricas, econômicas e geográficas.
A África tem como característica marcante em sua historia, a diversidade cultural de sua população. A cultura africana tem grande influência na cultura brasileira, pois os escravos trazidos para cá enriqueceram nossa cultura com seus rituais religiosos, costumes, danças culinária, etc.
De acordo com estudos antropológicos a África é considerada o berço da humanidade pois os mais antigos indícios da história humana encontram- se neste continente.
O Brasil tem a maior população de origem africana e a consequência disto é a grande influência, desta cultura, mais presente na região nordeste do Brasil.
   
           
                                                 MÚSICA

Na sociedade africana a música faz parte dos rituais sociais e religioso, e esta relacionada ao som de tambores, mas alem deles são usados diversos instrumentos.
No Brasil o samba é a grande influência da cultura africana que está envolvido na maioria das manifestações culturais hoje em dia, do samba se gerou outros sub-gêneros que acabou dando origem ao ritmo a uma das maiores festas no Brasil o carnaval.




                                                  DANÇA

Os africanos comemoravam os acontecimentos de suas vidas, tais como: nascimento, morte, plantio, colheita, com a dança, ela fazia parte de seus rituais e cerimonias que variam de região para região. É uma atividade praticada em grupo por homens, mulheres e crianças, onde formam uma roda batendo palma para os dançarinos. As danças chegam representar até seis ritmos ao mesmo tempo e é rica em movimentos, de maneira que cada parte do corpo movimenta- se com um ritmo diferente.

                                                          
                                           ALGUNS RITMOS DE DANÇA

                                                   Capoeira


A capoeira na verdade é uma luta disfarçada de dança, criada pelos escravos trazidos da África para o Brasil , dentro das senzalas misturavam - se  culturas de diversas tribos africanas que aos poucos foram agregando ao Ngolo ( um jogo de luta praticado pelos africanos) onde quem se torna - se o vencedor escolheria a mulher da tribo para ser sua esposa.
Na época da escravidão qualquer tipo de cultura negra era reprimida, principalmente se fosse voltada a luta, então uma forma de disfarce que os negros encontraram, foi de usar instrumentos musicais dando uma imagem de dança a capoeira, com musicas que falavam de Deus e de sofrimentos que aconteciam no dia a dia dos escravos, como os brancos não davam importância a cultura negra, não percebiam que essa dança era na verdade uma luta praticada pelos escravos.

                                                     Samba


É a principal forma de dança de raiz africana surgida no Brasil. A palavra vem de semba, que significa umbigada em dialeto africano. Com samba chegou ao Rio de Janeiro pelas baianas que foram viver na então capital. Uma delas reunia músicos que varavam a noite cantando em sua casa. Numa dessas reuniões surgiu a ideia da musica que se tornaria o primeiro samba.

                                                   Batuque amazônico


É uma manifestação que se originou do candomblé africano. Batuque é a denominação dada pelos portugueses para toda e qualquer dança de negros da África ou qualquer dança de tambor de caráter religioso ou não. O batuque amazônico é uma homenagem prestada a entidade Jurema, de acordo com os umbandistas essa entidade reina no tempo de lua nova.
                                                      

                                                   Pretinha da Angola


A formação para a dança é de um circulo, dançada exclusivamente por mulheres. Todo o desenvolvimento da dança baseia- se nos próprios versos que vão sendo cantada pelos músicos, pois toda a dança não só o ritmo, mas também na parte coreográfica refere- se aos trabalhos realizados pelos negros, sobre suas mágoas como escravos. Por isso os gestos acompanham exatamente a musica como esta sendo cantada.


                                                TRAJES AFRICANOS
                                                     


São marcas da identidade de cada grupo.
Os povos do continente africano costumam usar trajes, pinturas corporais, tecidos e adornos, conforme as identidades de seus devidos grupos. Geralmente as pinturas são usadas em cerimônias para enfeitar o corpo ou para exibir o estilo de sua tribo, todas as pinturas tem um significado diferente.
A vestimenta africana tradicional é o traje usado pelos povos do continente, por vezes substituída por roupas ocidentais introduzidas pelos colonizadores europeus.